domingo, 21 de abril de 2013

ES: Dois policiais civis são mortos a tiros ao tentar prender bandido




Dois policiais civis foram mortos na tarde de ontem na Fazenda Roda D’Água na localidade de Boleiras, na zona rural de Sooretama, Norte do Estado, quando tentavam prender um homem acusado de assassinato. Uma policial civil só não foi morta porque um colega militar – que também participava da operação – reagiu e matou o criminoso.
Morreram os investigadores José Nivaldo Amaral, 46 anos, e Leone José Pereira da Silva, 52. Os dois trabalhavam na Delegacia de Crimes Contra a Vida de Linhares, cidade localizada a 28km de Sooretama.
Ordem judicial
Segundo o chefe da Polícia Civil, Joel Lyrio, os policiais foram até a casa de Ednei Brito Pereira, 25, cumprir um mandado de prisão expedido pela Justiça da Bahia. De acordo com o delegado Danilo Bahiense, titular da Superintendência de Polícia do Interior (SPI), ele era acusado de ter cometido três homicídios na região de Itabuna.
Os investigadores chegaram ao local numa caminhonete Ford Ranger de cor preta, descaracterizada, e contavam ainda com o apoio de uma policial civil e um policial militar, que estava de licença. Por estarem em missão de levantamentos, segundo Bahiense, eles estavam sem coletes à prova de balas.
Logo após darem voz de prisão ao homem e se prepararem para algemá-lo, os policiais foram surpreendidos com a reação do bandido. “Ele estava armado, sacou o revólver e atirou em um policial civil”, explicou Lyrio.
O primeiro baleado foi Leone da Silva. Ele foi atingido no olho por um tiro, que saiu pela nuca. Diante da situação, seu colega investigador José Nivaldo reagiu e entrou em luta corporal com o criminoso. Mas Ednei era fisicamente mais forte do que ele e o matou com um tiro na garganta. A bala saiu pela testa.
Quando se preparava para atirar numa policial civil de 48 anos – que pediu para não ser identificada –, Ednei foi morto com um tiro na cabeça pelo militar que dava apoio à equipe – e também não quis ter seu nome divulgado. “Policiais e o suspeito morreram no local”, explicou Joel Lyrio. Os investigadores ainda estavam com as armas no coldre.
Na hora do crime, havia outras três pessoas na casa: a companheira do bandido e dois parentes dela.
Colegas
Mais de 100 policiais, entre militares e civis, estiveram no local do homicídio e lamentaram a morte de Amaral e Leone. “Não dá para entender o que houve. Ainda não sabemos realmente o que aconteceu. Ele (o policial Amaral) era muito conhecido em Linhares, todo mundo gostava dele. Era uma pessoa maravilhosa. Só Deus pode nos dar conforto”, disse a ex-mulher de José Nivaldo Amaral, Márcia Seixas.
Investigação
De acordo com Joel Lyrio, a morte dos policiais, na forma como ocorreu, não é uma situação comum. “Ainda precisamos entender o que realmente aconteceu durante a abordagem”, disse ele, acrescentando que equipes foram deslocadas para Linhares para ajudar na apuração do caso.
O velório de Amaral acontece na Igreja Evangélica Batista de Linhares, no bairro Colina, em Linhares. O local e o horário do enterro ainda não foram definidos. Leone está sendo velado na Igreja Maranata do bairro Shell, também em Linhares. Ele será enterrado hoje, às 16h, no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, no Centro.

Participaram desta cobertura Gustavo Pereira, Almir Neto, Vilmara Fernandes e Claudia Feliz
Fonte: A Gazeta

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