O governo do Distrito Federal trocou o comando da Polícia Militar (PM). O atual secretário adjunto de Segurança Pública, Suamy Santana da Silva, irá substituir o comandante-geral da PM, Sebastião Gouveia.
A troca ocorre no momento em que policiais militares têm reduzido o efetivo nas ruas para pressionar por aumento salarial e os crimes na capital federal cresceram. A manifestação da PM, chamada de Operação Tartaruga, já dura quase dois meses.
O governador Agnelo Queiroz determinou ainda a investigação de casos de omissão de policiais de suas funções. Há ainda suspeita que policiais militares postaram em redes sociais na internet mensagens de comemoração ao aumento da criminalidade.
O novo comandante, Suamy da Silva, é policial militar há 28 anos. Fonte: Terra
Corregedoria da PM investiga no DF suposto 'corpo mole' de policiais
A corregedoria da PM investiga denúncias de que policiais estariam fazendo "corpo mole" como forma de pressão por aumento de salário.
A população se queixa da falta de atendimento. “A gente liga, eles não vêm atender o chamado da gente. Está horrível”, critica uma mulher.
Até o Corpo de Bombeiros já reclamou de ter pedido apoio à PM e não ter recebido. Há 55 dias, a Polícia Militar faz uma Operação Tartaruga. Os policiais mais bem pagos do país querem aumento de salário. Só no feriadão, foram 11 assassinatos e 13 sequestros-relâmpago.
“Fica difícil trabalhar desse jeito, à mercê dos bandidos, correndo risco de ser assaltado ou alguém de a gente morrer”, diz uma mulher.
Denúncias de que policiais estariam comemorando o aumento da violência na rede de comunicação interna da polícia chegaram à corregedoria da PM. Nove policiais foram afastados nesta segunda-feira (9). Uma sindicância foi aberta para apurar o caso.
“É inadmissível que um policial, aquele funcionário público pago para defender a sociedade , se congratular com uma situação como essa. Inadmissível”, afirmou o Coronel Francisco Carlos da Silva Niño, corregedor-geral da PM.
A corregedoria também investiga um e-mail que estaria circulando entre policiais militares. São orientações para fazer a operação padrão sem sair da legalidade. Uma das dicas é para que os policiais evitem comentário sobre o movimento via rádio.
No fim do dia foi anunciada a saída do comandante-geral da PM. Ele será substituído pelo atual secretário adjunto de Segurança Pública, Suamy Santana.
“Não pode continuar o que está acontecendo. É muito grave. Nós respeitamos todas as reivindicações. Mas não podemos, de forma nenhuma, concordar que possa colocar em risco a vida. A vida é o bem mais importante que nós temos”, declarou o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.
Uma comissão de policiais militares esteve nesta segunda no Ministério Público e na Câmara Legislativa. Os policiais admitiram que estão insatisfeitos, mas negaram que estejam fazendo uma operação-padrão.
Fonte: Jornal Floripa
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