O que podemos notar é que as
prioridades do Brasil mudaram no dia 30 de outubro de 2007, foi no dia em que o
Senhor Joseph Blatter (presidente da FIFA)
abriu o envelope em que estava escrito “2014 FIFA World Cup Brazil”, pronto
construção de estádio virou o principal fato para o Brasil, demonstrando que a
Copa do Mundo era a prioridade em nosso país que é tão carente em serviços
públicos.
Podemos dizer com toda a
certeza, afinal moramos aqui e podemos afirmar com que aqui não há educação
pública (de base) com qualidade, há pessoas morrendo em macas e corredores de hospitais
(saúde pública é de péssima qualidade), temos milhares de mortes nas rodovias,
por falta de condições nas estradas, nossos índices de violência são
alarmantes, já que falta investimento na área de segurança pública, como
combustível para as viaturas, maior efetivo de policiais, que, diga – se de
passagem, tem os piores salários do Brasil, principalmente comparando – se com
os próprios vencimentos dos Políticos de Brasília, que ganham muito em não
fazem nada, afinal trabalham apenas de terça – feira a quinta – feira.
Hoje digo com uma certeza
absoluta que precisamos quebrar essa ideia de que o Brasil é o país do carnaval
e do futebol e não podemos esquecer-nos da corrupção. O Brasil pode ser o país
da honestidade, da cultura, da educação, da saúde, da tecnologia, isso só
depende de nós, de uma conscientização política em massa, de que é necessário
romper com a mesmice, basta ver que somos o país onde há a maior e mais
avançada rede de captação de leite humano. O Brasil é exemplo no combate à
AIDS. Somos o único país do hemisfério sul a participar do projeto genoma.
Nosso processo eleitoral está todo informatizado, dando em tempo recorde o
resultado das eleições em um país de dimensões continentais. Nosso País
representa 40% do mercado latino americano. Somos o segundo maior mercado de
jatos e helicópteros executivos, mais isto não é levado em conta por nossos
políticos que estão preocupados principalmente consigo mesmo.
Mais mudando um pouco de
assunto, vamos dizer que nunca quis ser o dono da verdade, mais na atualidade
em que vivemos em pleno século XXI, em um país que se diz democrático e afirma
categoricamente ser contra o trabalho escravo em qualquer meio ou trabalho, não
demonstra isso com duas instituições (Policia e o Bombeiro Militar) que já tem
em média 200 anos de existência, há ai um incoerência no que é dito do que é
feito, por incrível que possa parecer lá fora somos mais conhecido como o País
do Carnaval, do Futebol e também da corrupção.
Apesar de todas as maneiras
eles quererem maquiar e esconder o que realmente acontece aqui dentro de nosso
país, tudo o que é dito lá fora, e que também é mostrado em diversas
propagandas é verdadeiramente uma história fantasiosa, pois eles dizem que
vivemos num país democrático, que o Brasil é contra a escravidão, tudo isto não
passa de uma verdadeira mentira, pois podemos dizer que ainda existe escravidão
no nosso país, você pode perguntar onde?
Na polícia e no Bombeiro
militar do Brasil, que estão é usado e abusado a todo o momento, sem direitos,
sem reconhecimento pecuniário digno, somente com direitos.
Pergunto-lhe: Até quando isso
vai durar, até quando vamos ter esse modelo arcaico e ultrapassado de policia e
bombeiro militar, será que vamos continuar escravos em um país que diz para o
mundo: Somos um País democrático e afirmamos que em 13 de maio de 1888 foi
abolida a escravidão no País.
Posso garantir que no Brasil em
pleno século XXI ainda existem pessoas que são tratados como escravos neste
país, e que mente ao mundo escondendo as mazelas do povo brasileiro, e vive dizendo
que somos um país democrático e não existe escravidão.
Faço – lhe uma pergunta: você
que está lendo este texto concorda com o tipo de escravidão ao que o policial
militar e bombeiro militar estão sujeitos?
Os mesmo são os únicos que
simplesmente trabalham num policiamento intensivo de natal de graça, são
regidos por um RDE arcaico e inconstitucional, os outros órgãos trabalham
recebendo horas extras, me pergunto, porque sou policial militar perdi meus
direitos constitucionais e trabalhistas, sou considerado um escravo do Governo,
dos Oficiais e da sociedade, que não conhecem o nosso serviço, e acham que
estamos recebendo por estas horas trabalhadas, lhe pergunto praça militar até
quando você vai aceitar estas coisas acontecendo todos os dias.
Por
isso quero lhe falar sobre a desmilitarização e unificação:
Desmilitarizarem – se –
entenda-se: desvincular do status quo de força auxiliar e reserva do Exército.
Desmilitarizar as PM do
Brasil não se resume em apenas e tão só desuniformizá-las, não é isso. É
preciso renovar seus quadros, mormente dos que detêm postos de comando,
substituindo-os por aqueles que têm formação acadêmica, técnica, profissional,
doutrinária e jurídica dentro dos parâmetros e doutrina fundada nos Direitos
Humanos. A despeito de ser totalmente favorável à desmilitarização das PM dos
Brasil, entendendo-se esta como a desvinculação permanente da condição de força auxiliar e reserva do Exército Brasileiro e, também,
desgarrando-as da subordinação e dos moldes das forças armadas e,
principalmente de sua formação doutrinária e estrutura – para torna-la mais
comunitária, humana e cidadã. Nada contra as Forças Armadas, mas, é mister
ressaltar que, a formação doutrinária de emprego, preparação, adestramento e
aperfeiçoamento de seus homens é sempre no sentido de combater, para vencer,
destruir e matar ao inimigo – tendo sido esta a doutrina empregada na PM,
estratégica, política e equivocadamente, ao longo desses mais de 200 anos.
Aliás, há de ser, efetivamente, uma polícia administrativa,
ostensiva, fardada, hierarquizada, disciplinada e não militar.
Às vezes me pergunto o sistema
atual Basicamente se prende a que?
Este tema foi muito discutido
no fórum virtual do portal da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (1ª
Conseg) nos meses que antecederam o evento em agosto (entre os dias 27 e 30 de agosto de 2009 - em Brasília), a desmilitarização das polícias prometia – e
rendeu - debates acirrados. O resultado foi à aprovação de duas diretrizes que
propõem a desmilitarização:
A
- Realizar a transição da segurança pública para atividade eminentemente civil;
desmilitarizar as polícias; desvincular a polícia e corpos de bombeiros das
forças armadas; rever regulamentos e procedimentos disciplinares; garantir
livre associação sindical, direito de greve e filiação político-partidária;
criar código de ética único, respeitando a hierarquia, a disciplina e os
direitos humanos; submeter irregularidades dos profissionais militares à
justiça comum.
B
- Criar e implantar carreira única para os profissionais de segurança pública,
desmilitarizada com formação acadêmica superior e especialização com plano de
cargos e salários em nível nacional, efetivando a progressão vertical e
horizontal na carreira funcional.
Que até hoje não foram
implementadas por que poucos que se acham donos e não querem perder o poder que
hoje acham que tem.
O que posso dizer
categoricamente é que a desmilitarização das polícias pode constituir
importante avanço no plano da construção democrática de políticas públicas de
segurança no país.
As vantagens da desmilitarização
são várias:
1 - Descentralizar o
trabalho das PMs, facilitando a integração com as polícias civis;
2 - Impulsionar a inovação
organizacional, especialmente de modalidades de policiamento adaptadas aos
contextos locais, o que muitas vezes é impedido pelos excessivos níveis de
comando e centralização da hierarquia militarizada;
3 - Diminuir as
probabilidades de militarização da questão social, dificultando estratégias
criminalizadoras da pobreza e dos movimentos sociais na imposição da ordem
pública;
4 - Reduzir as tensões entre
oficialato e tropa, favorecendo a construção de perfis e estratégias
agregadoras nas organizações policiais, o que aumentaria a eficácia coletiva
das polícias e das políticas públicas de segurança.
A desmilitarização das
polícias é um passo imprescindível para a consolidação de um verdadeiro Estado
Democrático de Direito no país. A seu ver, a militarização histórica do
aparelho de segurança pública representa um equívoco filosófico, ideológico,
metodológico e de finalidade, já que introjeta uma lógica de guerra no aparelho
policial.
Polícia deve ser cidadão
controlando cidadão, trabalhador controlando trabalhador, de forma legal e
legítima, dentro do pacto social, antes de tudo prevenindo os crimes pelo
policiamento ostensivo.
E quando isto não for
possível, deve-se investigar prender e apresentar os autores da violência à
Justiça.
“A repressão, quando necessária,
deve ser feita de forma qualificada, dentro da técnica policial, e não militar”.
Sempre foi um relacionar
as Polícias Militares às Forças Armadas. A hierarquização das Polícias aos
moldes das instituições militares não é exclusividade do Brasil. países como
França, Itália, Espanha, Canadá, entre outros, possuem estruturas semelhantes.
O pensamento hoje é que
há uma necessidade de se manter uma Força Policial sob uma rigorosa disciplina
é necessária, pois se não houver um controle forte e rigoroso, teremos um bando
armado.
Imaginem uma
manifestação de policiais sem controle, armados, reivindicando melhorias
salariais. Seria uma tragédia, pois eles acham que aconteceria o que quase
aconteceu em São Paulo, quando um bando de Policiais Civis, armados, tentaram
chegar a sede do Governo para fazer reivindicações. Isto pode ocasionar
verdadeiras tragédias. Quem usa armas, não pode ser tratado sem controle forte,
este é o pensamento do Governo.
Existem rumores de
extinção das Policiais Militares. A desmilitarização, ou seja, desvinculação do
exército é o início dessa ação.
A discussão está muito
boa. Porém quero fazer algumas ressalvas: quanto custa para o Estado manter um
sistema militar na polícia. Quantitativos: um comandante de unidade operacional
tem: uma viatura, um telefone celular, duas policiais femininos como secretárias,
dois policiais masculinos como motoristas, um policial como Office boy. Bem, se
colocarmos que em cada estado tenha no mínimo 60 comandos, isso é o mínimo de
cada estado em um cálculo bem simples, o sistema militar atual permite que se
retire 300 policiais do combate para colocá-los na manutenção de privilégios.
O que acontece nas
delegacias: um delegado pode ter uma viatura a sua disposição, porém ele é quem
a dirige. Não uma policial específica para atender somente o delegado. Também
pode ter um telefone móvel funcional. O sistema de arquivos tem despachos
descentralizados que permite uma maior flexibilização e uma menor
burocratização. Com relação a isso quanto será que as polícias militares gastam
com papel.
Ou seja, a sociedade
está cumprindo o seu papel ao clamar por segurança e solicitar um novo modelo
de instituição. Uma instituição moderna que atenda não somente os seus pares,
mas principalmente a quem mantém o sistema financeiramente.
Quando você vai a um
hospital não quer saber se o médico é residente, se é especialista em
determinada área, se é funcionário de carreira ou contrato emergencial. Quer
ter um bom atendimento, ou no mínimo razoável. Estendido a sua família.
Assim acontece com a
questão da segurança pública. Não importa se sejamos atendidos pela polícia
militar ou polícia civil, queremos a satisfação mínima. Isso não está
acontecendo há um bom tempo.
Temos policiais
militares bem treinados sim, porém estes não estão nas ruas. Porque os oficiais
fazem tantos cursos no Brasil e no exterior se não estão no combate. Deve então
fazer cursos de relações humanas, de administração entre outros.
AS MUDANÇAS VÃO CHEGAR, TENHO CERTEZA!
As sociedades
civilizadas, juridicamente evoluídas, não aceitam a ingerência militar no meio
civil.
Chegou o momento de a sociedade contrapor-se às diretrizes da ditadura
que privilegiavam a segurança do estado em detrimento de um eficiente sistema
de segurança pública a serviço do cidadão e estranhamente ratificadas pela
Constituição de 88 (provavelmente, atendendo interesses corporativos),
desenvolver campanha para o restabelecimento do segmento uniformizado das
polícias civis, que, como ocorrem nos demais países, prestaria os serviços
policiais em estreita colaboração com as atividades de polícia judiciária, no
âmbito das circunscrições policiais, com sedes nas delegacias de polícia.
Se
isso foi possível em 1866 (Guarda Urbana) e 1904 (Guarda Civil), mais desejável
se torna no presente século quando a sociedade esta consciente da natureza
civil da atividade policial.
Unificar as Polícias,
Desmilitarizar a PM, são temas que vem ganhando, nos últimos anos, certa a atenção
por "especialistas em segurança pública".
Particularmente,
especialista em segurança pública, somos nós, policiais civis e militares, que
estão nas ruas, na preservação da ordem.
Que conhecemos de perto,
o cidadão João ou José, Maria ou Aparecida... Enfim...
Porém, no modelo de
segurança pública, adotado pelo nosso Brasil, fica perceptível que,
permanecendo assim, sem recursos eficientes e eficazes, possivelmente, não
haverá mudanças no tocante a melhorias do sistema atuante.
Fazer segurança pública,
sem valorização dos seus profissionais, sem investimentos de recursos, sem uma
padronização formativa, deixa muito a mercê da aleatoriedade.
Por um lado, vemos que a
PM, só vai ter avanços profundos, quando se abrir para novas concepções
doutrinarias, claro mantendo, sempre a hierarquia e disciplina, que existem em
toda administração pública.
Todavia, falo em
mudanças com relação à subordinação da escolha do comando Geral das PM.
Por que não ser de forma
eletiva?
Valorizando a democracia,
tão defendida pelos homens livres.
Já pensou se isso ocorre
que evolução traria para as instituições policiais militares.
Com certeza os CMTs
Gerais, não iam ficar com medo de cobrar recursos aos Governadores de Estado,
já que o mesmo não teria como ameaça-lo a tirá-lo do cargo, uma vez que, o Cel
Fulano, estaria no cargo eletivo, eleito pelos seus homens, pela sua tropa.
Seria uma forma de
mudança muito eficiente, para começar.
Por outro lado, a existência de uma única policia, traria também, muitas mudanças.
Não podemos querer só
puxa a "farinha pro nosso lado", mas reconhecer que um novo modelo,
pode trazer uma nova ideologia, uma forma de atuação, um acesso mais amplo para
a sociedade, que muitas vezes confunde as atribuições das policiais civil e
militar.
Por outro lado, a existência de uma única policia, traria também, muitas mudanças.
Ainda nesse sentido,
adotar uns modelos novo de Polícia para o Brasil do século XXI, requer um
estudo muito bem elaborado, discutido, planejado e estruturado, baseado numa
constituição Funcional.
A criminalidade no
Brasil não vai acabar nem diminuir com a desmilitarização, ou unificação das
policias, mais sim com um modelo, seja ele unificado ou não, eficiente, e
funcional, subordinado ao um Ministério que o Organize, Estruture, Fiscalize e
Opere.
Além de
aumento salarial, os trabalhadores da segurança pública, principalmente
policiais e bombeiros militares do Brasil, tinham que descobrir outras reivindicações
que coincidissem com outras demandas tais como a desmilitarização, pois os
ganhos seriam enormes.
A
nossa covardia, omissão, desinteresse e a inércia, sempre fizeram com que prevalecesse
o medo dos regulamentos arcaicos e com isso as perdas dos nossos direitos.
Enquanto não exigirmos dos POLÍTICOS que desmilitarizem as policia e bombeiros
militares do Brasil, ficaremos sem rumo, deixando que venham tirar tudo que
adquirimos no passado e perdemos no presente. Vamos exigir o que é nosso, além
de aumento salarial, vamos exigir os nossos direitos de torna – nos verdadeiros
cidadãos, com plenos direitos, deixe de falar o que não devemos e vamos pedir o
que é nosso.
Quando nós nos unirmos, saberemos quanto somos fortes. Assinem a
petição pela desmilitarização, com ela faremos a diferença. Dependerá de cada
um, todos nós teremos direitos iguais, a hora vai ser no dia que juntos
entregarmos a petição a presidente, está na hora de você Policial e Bombeiro escolher
o que é melhor para o nosso futuro.
Lembramos que as inovações são sempre bem vindas,
desde que sejam para o bem maior da coletivade.
(Sd/PM Farias).
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