terça-feira, 4 de setembro de 2012

Mensalão desviou R$ 2 milhões para pagar prostitutas em negociatas políticas


egociatas políticas

Exclusivo - Pelo menos R$ 2 milhões foram comprovadamente desviados pelo esquema dos mensaleiros para bancar prostitutas de luxo em programas feitos por políticos para fechar grandes negociatas com dinheiro público, em Brasília. A vergonhosa informação consta dos autos da Ação Penal 470 agora julgada pelo Supremo Tribunal Federal. A polêmica dentro do STF é se o ministro-relator, Joaquim Barbosa, deve tornar pública ou omitir tamanha safadeza promovida entre mensaleiros e messalinas.

O fato foi embasado em investigações da Polícia Federal feitas a partir de revelações na CPI dos Bingos, em março de 2006. O motorista Francisco das Chagas Costa contradisse Antonio Palocci e afirmou que o ministro da Fazenda freqüentava, sim, a casa alugada pelo economista Vladimir Poleto, no Lago Sul, em Brasília, na qual se realizavam festinhas de embalo e reuniões de negócio. O "piloto" só alegou que viu Palocci no local, durante o dia, em dias “sem festa”.

Chagas confirmou que na mansão aconteciam festas com a presença de garotas enviadas pela “promotora de eventos” Jeane Mary Corner. O "piloto" também revelou ter transportado diversas vezes “as meninas da Jeane” para a casa usada pela chamada República de Ribeirão Preto. Em depoimento anterior na CPI, Rogério Buratti, amigo e então assessor de Palocci, confidenciou que a casa era usada como uma “central de negócios” para encontros de lobistas e empresários com negócios de interesse no governo Lula. O santo nome de Palloci passou milagrosamente longe do Mensalão. O de Lula também...

O assunto da relação entre mensalão e prostituição é tão constrangedor que causa nojo e indignação entre as mulheres da corte suprema – que preferem que o assunto não venha à tona durante um julgamento transmitido ao vivo para o mundo inteiro, via internet, pela TV Justiça. Nos bastidores do STF, circula o informe de que a ministro Rosa Weber já teria pedido ao ministro Joaquim Barbosa para não tornar público que o modus operandi dos mensaleiros também incluía saidinhas ou bacanais com caríssimas garotas de programa na capital da República.

A ministra Carmem Lúcia – que tende a apoiar os votos de Barbosa pela condenação dos mensaleiros – teria o mesmo pensamento da colega Weber, e também gostaria que o tema “prostituição de luxo” fosse omitido do relato do voto, por apenas acrescentar um fato muito vergonhoso e constrangedor que não será decisivo para a condenação de grande parte dos réus. O polêmico assunto da prostituição de luxo em Brasília, sempre tratado como um tabu raramente explorado pela mídia, tem tudo para se expelido no julgamento. Agora, a expectativa é se Barbosa jogará no ventilador ou vai deixar o caso guardado no intestino dos autos.

Termo famoso

Messalina foi a terceira esposa de Cláudio, Imperador de Roma.

Proveniente da classe alta romana, a imperatriz uma noite se disfarçou com uma peruca loira de cabelos cacheados, subornou a guarda pretoriana e desceu rumo aos bordéis romanos.

Messalina desafiou a mais famosa prostituta romana para ver quem conseguia dormir com mais homens.

Ao amanhecer, como deitou-se com 25 homens, Messalina venceu o desafio e seu nome virou sinônimo de prostituição.

Vai quebrar?

Joaquim Barbosa pediu a condenação e o revisor Ricardo Lewandowiski o acompanhou na condenação aos dirigentes do Banco Rural, relacionando-os diretamente com o já condenado Marcos Valério.

Agora, que os dirigentes do Rural já estão na roça, a pergunta do mercado financeiro é:

Será que a instituição vai para o brejo?

Recordar é ficar PT da vida

A CPI dos Bingos , que deu em nada, analisou pilhas de documentos entregues pelo economista Paulo de Tarso Venceslau, expulso do PT em 1998, depois de denunciar corrupção e tráfico de influência entre prefeituras petistas e a CPEM.

Trata-se da empresa de consultoria do advogado Roberto Teixeira, amigão e compadre do presidente Lula, que será um próximos a depor na CPI.

Entre os documentos, há dois depoimentos (somando 38 páginas) de Luiz Inácio Lula da Silva (então presidente de honra do PT), na comissão de ética do partido, defendendo Teixeira.

Defesas de Lula

Na primeira defesa, em 30 de junho de 1997, Lula depôs para os advogados Hélio Bicudo e José Eduardo Cardozo, e para o economista Paul Singer, quadros partidários que formaram a primeira comissão de ética sobre as denúncias de Paulo de Tarso.

O relatório dessa primeira comissão acusou Teixeira por “grave falta ética” e recomendou que ele fosse punido. Foi aprovado pela Executiva Nacional, mas depois, sob forte pressão de Lula, foi desconsiderado.

O segundo depoimento foi prestado em 14 de novembro de 1997 para a comissão de ética de Paulo de Tarso Venceslau, composta por Pedro Pereira do Nascimento, o Pereirinha, André Luis de Souza Costa, Vander Luiz Lubbert, Maurício Abdala Guerrieri e Moisés Basílio.

Nos depoimentos, Lula contou a história de sua amizade com Roberto Teixeira.



© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 4 de Setembro de 2012.

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