O deputado disse que a imprensa mostrou que a governadora reuniu na própria casa, em Brasília, governadores de todo país, sob o argumento de que seria para debater o pacto federativo, mas que a primeira intenção é impedir a aprovação da PEC no Congresso Nacional. "Ou seja, a governadora está levando às últimas consequências os seus dissabores com a greve da Polícia Militar no Maranhão", afirmou.
O líder da oposição, Marcelo Tavares (PSB)
O deputado disse que "não é perseguindo a Polícia Militar no Maranhão e dos outros Estados que nós vamos resolver o problema da segurança pública no Brasil".
O líder do BPO disse também que viu entrevista do secretário de Administração, Fábio Gondim, no Bom Dia Mirante, na qual ele falava do plano de cargos e salário dos servidores, que vai beneficiar todas as categorias menos uma que fez greve e já recebeu o que podia receber. "Apesar de ele não ter dito explicitamente que era a Polícia Militar, eu entendi que aquela exclusão era da Polícia Militar", garantiu o parlamentar.
O deputado defendeu que governadora deveria discutir no pacto federativo mecanismos para que a União participasse de um financiamento de um piso nacional para os policiais militares.
O líder do BPO disse que viu ainda entrevista do ministro de Educação, Aluísio Mercadante, defendo o cumprimento do piso nacional do magistério, e dizendo que, sem resolver a questão salarial, não será resolvido o problema da educação no Brasil. Marcelo Tavares pregou que o mesmo deveria acontecer em relação à questão salarial da Polícia Militar, que é uma questão que diz respeito a todos os estados da federação.
O líder do BPO defendeu que "a Casa deveria repudiar atitudes como essa e fazer gestões junto ao Congresso Nacional" para que a PEC300 venha a ser aprovada.
Líder do Governo refuta críticas – O líder do governo, César Pires (DEM), classificou como equivocada a declaração de Tavares. "O que a governadora faz ali é uma união de esforços, abstraída das questões político-partidárias, até porque ali estavam também governadores dos diferentes partidos que tem assentamento nesta Casa, que pugnam pela contribuição do governo federal", declarou, citando que o pacto federativo reuniu partidos como PSB, PSDB, PT e PMDB.
César disse que o fato de uma liderança do Nordeste ter força suficiente para liderar "forças vivas do nosso país" em torno não de política, mas de uma causa maior, é merecedor de uma homenagem diferenciada e não de críticas. "Se fosse o governador de Pernambuco, V. Ex.ª estaria dizendo que era um grande líder, um estadista que estava convergindo as forças nacionais para poder superar a questão da segurança dos seus Estados", ilustrou o líder governista.
Para o deputado, a afirmação de que o governo está contra a Polícia Militar é outro ponto equivocado da oposição. Ele fundamentou sua análise declarando que os problemas da segurança são amplos, não esbarram apenas no Maranhão nem se limitam ao Brasil; mas se estendem por toda América Latina.
"O governo pagou e paga hoje uma folha agregada de R$ 139,5 milhões aos PMs, a partir daquela greve [decretada novembro do ano passado]", lembrou. César Pires destacou que na greve dos policiais e bombeiros militares no Maranhão, que durou dez dias, não houve nenhum excesso por parte do governo, diferente do que aconteceu no Estado da Bahia. "Lá, achincalharam a polícia, que foram chamados de bandidos, de vândalos, de marginais, coisas que não houve aqui no Maranhão", comparou.
César Pires avaliou ainda a greve dos PMs como justa, tanto que contou com a compreensão do Governo do Estado "dentro dos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal e também pelos seus cofres". Por fim, questionou: "Onde está o equívoco em tentar reunir forças[nacionais]?".
JORNAL PEQUENO
Postado: Soldado Almança
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