Acusado de incitar greve no estado, cabo Benevenuto Daciolo foi detido pela corregedoria da corporação no Aeroporto Tom Jobim na noite desta quarta-feira
Atitude ajuda a insuflar a categoria
O cabo do Corpo de Bombeiros Benevenuto Daciolo foi preso na noite desta quarta-feira ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, após viagem à Bahia. Benevuto é acusado de incitar o movimento grevista nos Bombeiros e na Polícia Militar do Rio.
Escutas telefônicas realizadas com autorização pela Justiça mostram Benevenuto negociando uma possível extensão do movimento grevista da Bahia ao Rio e a São Paulo. Um dos líderes da greve dos bombeiros no Rio no ano passado, Benevenuto foi enquadrado no crime de incitamento, de acordo com o Código Penal Militar.
O contato entre os manifestantes dos diferentes estados da federação começou ainda em 2008 por causa da PEC 300 (proposta de emenda que estabelece piso salarial para policiais e bombeiros). Em 2011, pelo menos cinco reuniões em Brasília motivou o encontro do grupo. “O contato tem se dado de forma natural. Os estados enxergam que agora o momento é propício”, explica Daciolo. Nas cabeças dos líderes, não passa despercebido o fato de que, se começar uma greve na sexta, os dois maiores carnavais no país, Rio e Salvador, estarão ameaçados.
Na noite desta quarta-feira, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, enviou um ofício ao governador da Bahia, Jacques Wagner, solicitando todas as gravações em que Benevenuto negocia com Marco Prisco, líder do movimento grevista na baiano e presidente da Aspra (Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares do Estado Bahia). "A fim de que eu possa tomar as providências cabiveis para a manutenção da ordem pública no Estado do Rio de Janeiro, solicito que me sejam enviadas cópias de todas as gravações que tenham tido como interlocutor o bombeiro militar acima referido ou qualquer outro servidor do Estado do Rio de Janeiro", diz trecho da nota assinada por Cabral.
O comandante do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Sérgio Simões, garante que a corporação não entrará em greve.
Lauro Jardim, Radar:
"Já ficou decidido que, se a greve vingar, o Exército assume a segurança do estado [do Rio de Janeiro].
O Comandante-Geral da PM, Erir Ribeiro Costa Filho, disse ao Comandante Militar do Leste, general Adriano Pereira, que serão necessários pelo menos 7 000 homens.
Como o efetivo do Exército no Rio de Janeiro não daria conta, serão acionados também militares lotados em Juiz de Fora (MG) e no Espírito Santo"
Fonte: Veja
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