Os policiais militares baianos decidiram encerrar a greve da categoria após assembleia realizada na noite deste sábado. A categoria estava paralisada deste o dia 31 de janeiro deve voltar ao trabalho neste domingo (12).
A reunião foi realizada no ginásio do sindicato dos bancários, em Salvador. Nos discursos, líderes da greve alegaram não ter mais como manter a mobilização do policiais no interior do Estado, que já voltaram ao trabalho.
Não foi divulgado o número de participantes da assembleia. A imprensa não foi autorizada a acompanhar o encontro.
Antes da assembleia, os líderes do movimento se reuniram com o comando geral da PM. No encontro, que durou 40 minutos, ficou definido que não haveria punição administrativa para os grevistas. Foi mantida no entanto a proposta do governo, de conceder aos policiais reajuste de 6,5% --o mesmo das outras categorias do funcionalismo-- e incorporar gratificações de modo escalonado, até 2015.
Em um dos pronunciamentos, o deputado estadual e capitão da PM Tadeu Fernandes (PSB) disse, se dirigindo aos policiais presentes, que não haveria mais como sustentar o movimento, mas que os grevistas "lavaram a alma" e precisavam sair "com a cabeça erguida". |
Policiais militares deixam assembleia que decidiu pelo fim da greve na Bahia; movimento durou ao todo 12 dias
De acordo com Fernandes, as negociações com o governo vão continuar mesmo com o fim da greve.
Um dos líderes do movimento, o soldado Ivan Leite disse que os policiais decidiram retornar ao trabalho "em respeito à população que apoiou a categoria quando ela precisava. Não pelo governo, que não merece".
Ele avalia que "a categoria não conseguiu nenhum de seus objetivos" e diz que não vão parar de negociar com o governo mesmo com o fim do movimento.
Segundo Leite, o presidente da Aspra (Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia), Marco Prisco, foi informado sobre a decisão dos policiais de voltar ao trabalho e teria dito que "entendia e aceitava a decisão da maioria". Prisco está preso desde a última quinta-feira, acusado de incitar atos de vandalismo durante o movimento.
Na saída do ginásio, alguns policiais choravam. Um grupo hostilizou os jornalistas que acompanhavam a reunião do lado de fora com vaias e xingamentos de "mentirosos" e "corruptos".
FONTE - FOLHA
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domingo, 12 de fevereiro de 2012
Policiais militares encerram greve na BA após 12 dias
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